Arrependimentos

“Não há arrependimento no túmulo”.
J. C. Ryle

“Não posso me esquecer, tenho que oferecer flores em vida, enquanto é dia, enquanto há vida” diz uma música cantada por Paulo César Baruk. É daquelas letras que, além de cantaroladas, devem ser refletidas.

Deus nos brinda, durante nossa vida, com aulas regulares chamadas “perdas”, que servem como marco em nossa caminhada. Perdas nos fazem refletir. Derrotas nos fornecem, muitas vezes, lições mais valiosas do que as vitórias. Na vitória podemos nos distrair demais comemorando e deixar passar os aprendizados. Já nas perdas, principalmente as mais doídas, somos forçados a parar e refletir. Se nestes momentos não nos deixarmos engolir pela autopiedade, podemos nos levantar mais fortes, mais experientes, mais sábios.

Aquela música me lembra que não podemos esperar grandes ocasiões para festejar, mas tampouco devemos esperar as grandes perdas para refletir. A vida é mais rica quando aprendemos a aproveitar cada pequena ocasião cotidiana como uma oportunidade de crescimento, de estreitamento de relações, de correção de rumos em nossa estrada.

Não espere as “ocasiões especiais” para usar aquela louça especial, aquela roupa caprichada. Borde suas ocasiões especiais no tecido do cotidiano. Cada dia é uma vitória, cada instante é um presente de Deus para usarmos sabia e alegremente.

Também não espere as grandes dores chegarem para refletir o que está fazendo com tua própria vida. Amizades foram construídas nas rotinas diárias: conhecemos alguém e, sem que percebêssemos, já o guardávamos no lado esquerdo do peito. Casamentos não são feitos de grandes ocasiões festivas, mas de pequenas palavras e gestos acumulados no dia a dia. Suas melhores memórias de infância, tenho quase certeza, não são feitas de grandes festas, mas de pequenos momentos “bobos”, cheios de amor e carinho.

Não espere grandes perdas, nem grandes vitórias. Uma vida significativa é feita pequenos momentos revestidos do grandioso amor de Deus.

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Deus te abençoe!