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O falso profeta é o pastor que agrada todo mundo. – Karl Barth
É comum pensar que a maior ameaça à vida cristã, atualmente, venha da hipermodernidade, da cultura líquida, do pluralismo religioso, da ideologia de gênero e coisas do tipo. Tudo isso é nocivo, sim, mas a maior ameaça continua vindo de nosso antigo inimigo: o orgulho.
É nosso orgulho que se desdobra na vaidade, ambos sendo revelados na nossa ânsia por aceitação, pelo elogio, por qualquer nesga de algo que pareça com carinho e atenção.
Estas carências todas, aquilo que parece “complexo de inferioridade”, na verdade podem esconder um dissimulado “complexo de superioridade”. Por nos considerarmos merecedores da atenção alheia, merecedores de carinho e atenção, podemos estar disfarçando a ordem “me ame, me adore!” atrás de uma máscara de humildade. Por não quererem que sua posição social seja ameaçada, alguns começam a adaptar seu discurso de uma forma que atinja a todos, mas não ofenda ninguém. Surge o discurso autoajuda, cativante, acompanhado de música inspiradora, jogo de luzes e abraços coletivos na plateia. Substitui-se a verdade pela popularidade, a maturidade pelo crescimento explosivo, constrangimento e quebrantamento pela busca de uma sensação prazerosa, substitui-se o Evangelho pelo Humanismo, colocando no centro de tudo a criatura, em vez do Criador.
O Amor de Jesus nos constrange, o Evangelho não é politicamente correto e nosso umbigo não é o centro da Criação!
Jesus nos dá atenção, como deu a publicanos e pecadores. Jesus nos dá carinho, como deu às criancinhas. Jesus nos ama e deu Sua Vida por nós na Cruz. Mas Jesus não faz isso porque quer nos agradar. Ele faz isso por Graça e, sendo Graça, não é por nosso merecimento.
Só há um que Jesus quer agradar sempre: o Pai. Ser um profeta verdadeiro, um pastor verdadeiro, um cristão verdadeiro é seguir pelo mesmo caminho: viver uma vida que agrade apenas ao Pai, mesmo que isso desagrade (e muitas vezes desagradará) o mundo ao nosso redor.
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Deus te abençoe!
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